quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Continuação do Relatório


FONTE: as próprias instituições citadas e AbraEAD/2008.
* Não foi incluído o projeto Mídias na Educação (20 mil alunos) já que estes foram informados pelas instituições de ensino na pesquisa AbraEAD, citada em outro item da tabela.
** Três projetos realizados em conjunto com o MEC foram incluídos na lista de alunos apresentada pelo Seed/MEC
Estes números são realmente impressionantes e demonstram a força da EAD e o quanto ela é importante para levar educação a milhões de brasileiros.

JUSTIFICATIVAS LEGAIS:

 

Legislação do EaD:

Quem pode oferecer cursos de graduação a distância:
Instituições públicas ou privadas legalmente credenciadas para o ensino superior a distância, através de parecer do Conselho Nacional de Educação, homologado pelo Ministro da Educação por meio de Portaria publicada no Diário Oficial, nos termos da Lei 9.394/96(LDB) , do Decreto 2.494/98 e da Portaria MEC Nº 301/98 .
Regulamentação:
Regulamentação da EAD no Brasil:
Leis, Decretos e Portarias
Decreto n.º 2.561 , de 27 de abril de 1998:
Altera a redação dos artigos 11 e 12 do Decreto n.º 2.494.
Portaria n.º 301 , de 7 de abril de 1998:
Normatiza os procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância.
Decreto n.º 2.494 , de 10 de fevereiro de 1998:
Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96).
Lei nº 9.394 , de 20 de dezembro de 1996:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Resoluções e Pareceres do CNE
Resolução CNE/CES nº 1 , de 3 de abril de 2001
Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação.
Resolução nº 1 , de 26 de Fevereiro de 1997
Fixa condições para validade de diplomas de cursos de graduação e de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições estrangeiras, no Brasil, nas modalidades semi-presenciais ou a distância.
Parecer n.º 78/96 , aprovado em 7 de outubro de 1996
Assunto: Solicita estudo sobre a adoção de medidas coibindo a revalidação de diplomas de graduação e pós-graduação na modalidade de ensino a distância, oferecidos pelo Colégio Brasileiro de Aperfeiçoamento e Pós-Graduação-COBRA.
Portarias que regulamentam o Credenciamento de Instituições de Ensino Superior:
Portaria n° 335 , de 6 de fevereiro de 2002
Criar a Comissão Assessora para a Educação Superior a Distância
Portaria nº 4.059 , de 10 de dezembro de 2004
Normatiza os procedimentos de autorização para oferta de disciplinas na modalidade não-presencial em cursos de graduação reconhecidos"
Portaria que regulamenta e Credencia a UnB
Portaria nº 4.055, de dezembro de 2003
Credencia a Fundação Universidade de Brasília para a oferta de cursos de graduação e cursos e programas de pós-graduação lato sensu na modalidade à distância.

http://ensinoadistancia.wikidot.com/regulamentacao

CONCLUSÃO:

Em seu livro “Do discurso à Prática: Uma Experiência de Comunidade de Aprendizagem”, Lynn Alves, nos reafirma o que estamos observando no dia-a-dia, uma invasão de informações, vindas de toda a parte, num ritmo frenético e constante. “ Uma nova forma de comunicar, de produzir conhecimentos e saberes – a comunicação através das redes telemáticas e em especial a Internet. A aldeia global concebida por McLuhan e Powers (1996), nas décadas de 1960 e 1970, possui hoje uma outra configuração interativa, possibilitando a emergência de comunidades de aprendizagem. Interlocutores invisíveis que podem ter interesses que vão do conhecimento cientifico ao conhecimento espontâneo, utilizando esses espaços para trocas intelectuais, sociais, afetivas e culturais, permitindo aflorar os seus sentimentos, estabelecendo teias de relacionamentos, mediadas pelo computador, conectados a uma linha telefônica e um modem.” Segundo o autor, a ideia da construção dessa comunidade de aprendizagem, surgiu durante a realização de sua pós-graduação lato senso em Informática e Educação. As disciplinas interligavam o teórico à prática, com o objetivo de discutir os limites e a possibilidade da construção coletiva de conhecimento em ambientes virtuais, contextualizando a modalidade de EaD.
Na obra “Educação e Ciberespaço” de Carlos Henrique Medeiros e Maria Lucia Moreira Gomes” há uma referência à Paulo Freire,1995; “ na filosofia da educação de Freire, a pedagogia progressiva e emancipadora deve deixar espaço para o aluno construir seu próprio conhecimento, sem se preocupar em repassar conceitos prontos, o que freqüentemente ocorre na prática tradicional, que faz do aluno um ser passivo, em quem se “depositam” os conhecimentos para criar um banco de respostas em sua mente.”
Além do histórico, que retrata claramente o desenvolvimento de instrumentos, principalmente tecnológicos, que atendessem as necessidades crescentes do homem de se comunicar, encurtar as distâncias e adquirir conhecimentos, fica claro que a Educação, parte essencial desse desenvolvimento, não poderia deixar de seguir o caminho da evolução, denominado EaD. É notória sua aceitação e procura por milhões de pessoas que desejam obter uma formação, complementação ou especialização, que por razões diversas, vêem nessa nova opção uma forma mais viável e possível de realizarem esse sonho, como nos mostram os dados numéricos apresentados nesse relatório. E, citando apenas essas duas obras, podemos concluir que a EaD é objeto de intenso estudo e dedicação de especialistas que sugerem metodologias e ferramentas diferenciadas que possibilitem a interação entre professores e alunos, embora em tempos e espaços diversos.  

Relatório

Oi amigos de pós,
Estou postando meu relatório (DA) para a segunda disciplina. Façam seus comentários! Obrigada!


INTRODUÇÃO:

Esse relatório visa mostrar o desenvolvimento da implantação da Educação a Distância (EaD) no Brasil. Primeiramente, relatarei um breve histórico sobre o surgimento e o desenvolvimento dessa metodologia diferenciada de ensino que vem se desenvolvendo e se ampliando em todo o território brasileiro, como uma opção viável e confiável de garantir o direito à educação a todos os brasileiros, de maneira mais democrática. Antes, porém, é preciso que se explique, ou melhor, que se dê um conceito sobre EaD. Segundo o Artigo 1º do Decreto Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta a EaD no Brasil: “caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005)”. Segundo Moore e Kearsley; “educação a distância é o aprendizado planejado que normalmente ocorre em lugar diverso do professor e como consequência requer técnicas especiais de planejamento de curso, técnicas instrucionais especiais, métodos especiais de comunicação, eletrônicos ou outros, bem como estrutura organizacional e administrativa específica. (MOORE; KEARSLEY, 1996, p. 2)”.

HISTÓRICO:

A história da EaD no Brasil teve seu início com o Jornal do Brasil em 1891 oferecendo curso profissionalizante de datilógrafo por correspondência. Em 1904, instituições privadas que representavam organizações norte-americanas implantaram as Escolas Internacionais que ofereciam cursos pagos, em espanhol, por correspondência em jornais da época. Devido às dificuldades com a ineficácia do uso dos correios nesse período, o ensino por correspondência não foi incentivado por parte das autoridades educacionais brasileiras e nem pelos órgãos governamentais.
Nessa época, a EaD ainda se utilizava de material impresso. Contudo, acompanhando sucessivamente o desenvolvimento tecnológico, passou a se utilizar de recursos de áudio e vídeo. Primeiramente, em 1923 com o surgimento da Rádio Escola, fundada no Rio de Janeiro por Herique Morize e Roquette Pinto, que fornecia cursos de línguas (português e francês), literatura francesa, silvicultura, esperanto, radiotelegrafia e telefonia, e com a Comissão de Cinema Educação, também no Rio de Janeiro em 1927. Ainda na cidade maravilhosa, em 1934, Roquette Pinto, instalou a Rádio Escola Municipal. Tanto a Rádio Escola, como a Rádio Escola Municipal, se utilizavam da correspondência para contato com seus alunos. Em 1937, é criado o Serviço de Radiodifusão da Educação, mas foi somente nos anos de 1939 e 1941 é que surgiram os primeiros institutos brasileiros que passaram a oferecer de maneira sistemática cursos profissionalizantes à distância; o Instituto Rádio Técnico Monitor e o Instituto Universal Brasileiro, respectivamente. O Instituto Rádio Técnico Monitor ainda hoje, oferece cursos técnicos, supletivos e profissionalizantes, de formação profissional, inclusive, com cursos presenciais e mais recentemente com o advento Internet, desenvolveu uma metodologia própria para e-learning e seus planos de ensino abrangem todos os níveis de educação, sendo que cerca de cinco milhões de alunos já estudaram no Instituto Monitor, até hoje.
O IUB, Instituto Universal Brasileira, seguindo pelo mesmo caminho, já formou milhões de alunos. Atendendo a milhares de alunos em seus cursos profissionalizantes de Auxiliar de Contabilidade, Desenho Artístico e Publicitário, Fotografia, Inglês, Violão, etc. e supletivos. Recentemente, foi criado o UNIUB – Cursos on-line, substituindo o material impresso pela Internet e a correspondência via correio pelo e-mail, além do chat.
Dando um salto, em 1947, SENAC e SESC e emissoras associadas, fundam a Universidade do AR, que durou até 1961. Os alunos estudavam através das apostilas e corrigiam os exercícios com auxílio dos monitores de televisão. O SENAC, atua até hoje com EaD. Em 1976, foi criado o Sistema Nacional de Teleducação que, embora, por correspondência, realizou algumas experiências educacionais por rádio e televisão. Em 1983, conveniado com outras instituições, desenvolveu programas radiofônicos, denominados “Abrindo Caminhos”, sobre orientação profissional na área de comércio e serviços.
Em 1988, seu sistema é informatizado e em 1995 é criado o CEAD – Centro Nacional de Educação a Distância.
A partir de 1996 é implantada a série radiofônica educativo-educacional Espaço SENAC, denominada atualmente de Sintonia SESC-SENAC. Já, em 2000, foi criada a Rede Nacional de Teleconferência, por via satélite pela STV – Rede SESC-SENAC de Televisão, com interatividade em tempo real através de e-mail, fax e telefone, em todas as unidades do Sistema SENAC, incluindo suas escolas sobre balsas e rodas. Atualmente, o SENAC, oferece cursos à distância, inclusive de pós-graduação lato-sensu , através da Rede EaD SENAC.
É preciso que se fale sobre o Programa Nacional de Telecomunicação no Ministério da Educação e Cultura – PRONTEL, na década de 60, responsável por coordenar e apoiar o desenvolvimento da EaD no país. A seguir, de grande importância vieram o Projeto Saci (Satélite Avançado de Comunicações Interdisciplinares) em 1967, pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que tinha como objetivo criar um sistema nacional de telecomunicações com o uso de satélite, disponibilizando um serviço de comunicação de massa a serviço da educação. Em 1970, veio o Projeto Minerva, um convênio entre o Ministério da Educação, a Fundação Padre Landell e a Fundação Padre Anchieta, cujo objetivo era levar a Educação e promover a inclusão social de adultos, através do rádio, mantendo-se até o início dos anos 80. Nas décadas de 70 e 80, cursos de supletivos foram sendo oferecidos por fundações privadas e organizações não governamentais, utilizando materiais impressos, tecnologias de teleducação e satélites. Destaca-se o Telecurso; programa de educação supletiva a distância para 1º e 2º graus, lançado pela Fundação Roberto Marinho que em 2006 foi denominado de Novo Telecurso, e que se utilizava de livros, vídeos e transmissão por TV, além de disponibilizar salas por todo o território nacional, para que os alunos pudessem assistir às transmissões, aos vídeos e materiais de apoio, o que beneficiou mais de cinco milhões e meio de alunos brasileiros.
Em 1995, o programa “Salto para o Futuro”, foi incorporado à TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação), fato considerado como um marco na EaD nacional. Ainda na década de 90, Instituições de Ensino Superior começaram a desenvolver cursos baseados nas novas TICs, passando a ser credenciadas para oferecer cursos superiores de graduação na modalidade a distância. Hoje, a EaD encontra-se difundida no Ensino Superior brasileiro, tanto pela oferta de 20% da carga horária de cursos presenciais por disciplinas que são ministradas on-line, quanto pela variedade de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu ofertados totalmente à distância.
Assim, a EaD surge, oficialmente, no Brasil, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), sendo normatizada pelo Decreto 2.494 (de 10 de fevereiro de 1998), pelo Decreto 2.561 (de 27 de abril de 1998) e pela Portaria Ministerial 301 (de 7 de abril de 1998).

DADOS ATUALIZADOS:
Veja na tabela abaixo os resultados do observatório de projetos de educação a distância do AbraEAD 2008:
Número de brasileiros em cursos de Educação a Distância,
Instituições credenciadas e cursos autorizados pelo Sistema de Ensino (AbraEAD/2008)

Educação corporativa e Treinamento em 41 empresas (AbraAED/2008)

SENAI

SEBRAE

SENAC



CIEE

Fundação Bradesco

OI Futuro

Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação (Seed/MEC)


Governo do Estado de São Paulo








Fundação Telefônica





Fundação Roberto Marinho


EJA, Fundamental, Médio, Técnicos, Graduação, Pós-graduação

Formação de funcionários, colaboradores e fornecedores

Formação inicial e continuada de trabalhadores (exclui os cursos de formação técnica de nível médio e de pós-graduação)

Cursos para empreendedores: Análise e planejamento financeiro, Aprender a apreender, Como vender mais e melhor, De olho na qualidade, Iniciando um pequeno grande negócio e Desafio Sebrae



Programas compensatórios de matemática e português e cursos de formação inicial e continuada, nas áreas de informática, gestão, comércio, saúde e turismo e hospitalidade.



Cursos de iniciação profissional


Escola Virtual

Tonomundo

Proformação, Proinfantil, Tecnologias na Educação e Formação pela Escola*


Rede do Saber: Crônica na Sala de Aula, Se Toque, Progestão, Viva Japão, PEC Formação Universitária Município, Curso de Pregão Eletrônico, Convênio com Escola Paulista de Magistratura, Videoconferências do Centro Paula Souza, Curso de Iniciação Funcional para Assistentes Sociais do Tribunal de Justiça. / Departamento de Informática Educativa (DIE/FDE):Interaction Teachers, Interaction Students. **


Educarede (Projetos Minha Terra, Memórias em Rede, Coisas Boas 2007 e Rede de Capacitação)

Telecurso TEC e Multicurso Ensino Fundamental, Tecendo o Saber, Projetos de Formação Educacional, Travessia e Poronga
972.826
582.985
53.304
218.575

29.000



148.199

164.866

175.398

8.552


119.225










9.000




22.553




TOTAL

2.504.483

sábado, 3 de setembro de 2011

A distância e o presencial cada vez mais próximos

A distância e o presencial cada vez mais próximos

Paulo Chico
Fascinado pela educação a distância e suas possibilidades, José Manuel Moran veio de longe. Nascido em Vigo, na Espanha, cruzou o Atlântico e tornou-se um dos mais respeitados especialistas no uso de tecnologias aplicadas aos processos de aprendizagem. É disso que trata esta entrevista, que tem como foco a instalação da internet banda larga na quase totalidade das escolas públicas do Brasil, meta anunciada pelo Governo federal.
Doutor em Ciências da Comunicação pela USP e Diretor do Centro de EAD da Universidade Anhanguera-Uniderp, Moran é autor de diversos livros, como A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá, pela Papirus Editora, e que acaba de chegar à 3ª edição. Qualificação dos professores, recursos de ambientes virtuais, redes de colaboração e riscos do mau uso da internet foram alguns dos temas abordados pelo educador que, defensor das interações humanas como combustível para a aprendizagem, vê fragilizada a fronteira entre o que é presencial e o que se acredita a distância.
“Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos falantes, e mais orientadores. Precisamos de uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e longe, conectados audiovisualmente. Aprender em qualquer tempo e qualquer lugar, de forma personalizada e, ao mesmo tempo, colaborativa”, afirma.

Meta do governo federal é de que, até o final deste ano, 92% da população escolar brasileira estejam atendidas por internet banda larga. O que essa medida representa?
Esse é um passo importante para que as escolas possam ter acesso à internet, às redes e à mobilidade. Inicialmente o plano governamental era que todas as escolas tivessem acesso a um laboratório conectado à internet. Mas, com a banda larga, será possível ampliar o acesso, transformando salas de aula, bibliotecas, pátios e outros espaços em lugares de aprendizagem flexível e compartilhada.

Isso de fato é prioridade no cenário da educação brasileira? Não há outras deficiências básicas mais urgentes?
Na educação há muitas frentes importantes. Posso destacar algumas, como as políticas de formação, para atrair os melhores professores, remunerá-los bem e qualificá-los melhor; as políticas inovadoras de gestão, que consistem em levar os modelos de sucesso de gestão da iniciativa privada para a educação básica; o forte apoio ao ensino técnico e tecnológico, integrando-os melhor, de forma que um aluno possa profissionalizar-se antes e ao mesmo tempo seguir um currículo superior mais próximo do que a sociedade necessita; e, por fim, o incentivo a parcerias público-privadas eficientes e constantes, com maior integração de programas e recursos econômicos e tecnológicos.
Como as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) entram nesse pacote?
A inserção no mundo das tecnologias conectadas é um caminho importante para preparar as pessoas para o mundo atual, para uma sociedade complexa, que exige domínio das linguagens e recursos digitais. Em educação não podemos esperar que todos os outros problemas sejam equacionados, para só depois ingressar nas redes. Escolas não conectadas são escolas incompletas, mesmo quando didaticamente avançadas. Alunos sem acesso contínuo às redes digitais estão excluídos de uma parte importante da aprendizagem atual: do acesso à informação variada e disponível de forma online, da pesquisa rápida em bases de dados, bibliotecas digitais, portais educacionais. Estão fora da participação em comunidades de interesse, de debates e publicações online. Enfim, da variada oferta de serviços digitais.
Quais ações correlatas devem ser tomadas para que a informatização das escolas surta o efeito desejado, com salto na qualidade do ensino?
Informatização é mais do que colocar computadores. É conectar todos os espaços e elaborar políticas de capacitação dos professores, gestores, funcionários e alunos para a inserção das tecnologias no ensino e aprendizagem de forma inovadora, coerente e enriquecedora. Os projetos pedagógicos precisam refletir essa integração horizontal e vertical com o currículo. As tecnologias digitais facilitam a pesquisa, a comunicação e a divulgação em rede. Temos as tecnologias mais organizadas, como os ambientes virtuais de aprendizagem – Moodle e semelhantes – que permitem que tenhamos um certo controle de quem acessa o ambiente e do que precisa ser feito nas etapas de cada curso. Além desses ambientes, há um conjunto de tecnologias, que denominamos popularmente de 2.0, que são mais abertas, fáceis e gratuitas, como blogs, podcasts, wikis… Nesses espaços, os alunos podem ser protagonistas dos seus processos de aprendizagem. E isso facilita a aprendizagem horizontal, isto é, dos alunos entre si, das pessoas em redes de interesse. A combinação dos ambientes mais formais com os informais, feita de forma integrada, nos permite a necessária organização dos processos com a flexibilidade da adaptação ao perfil de cada aluno.
De forma prática, como as tecnologias devem ser exploradas? Qual seu uso mais racional e eficaz nas escolas?
O ideal é que estas tecnologias Web 2.0 – gratuitas, colaborativas e fáceis – façam parte do projeto pedagógico da instituição para serem incorporadas como parte integrante da proposta de cada série, curso ou área de conhecimento. Quanto mais a instituição incentiva o trabalho com atividades colaborativas, pesquisas, projetos, mais elas se tornarão importantes. Podem ser utilizadas também para produzir conteúdos interessantes e deixar para o professor o papel de organização das atividades, de discussão, orientação, apresentação dos resultados e sua publicação pelos alunos. Com boas propostas no começo de cada semestre, as possibilidades de motivação dos alunos e professores aumentarão, sem dúvida.
Sem treinamento ou direcionamento pedagógico, o uso da internet pode trazer prejuízos?
A internet é uma projeção de tudo que o ser humano faz de bom e de ruim. Ela tem tudo de mais interessante, resolve um monte de problemas, como pagar contas sem filas. Tem mil vantagens de comodidade de acesso. Ao mesmo tempo, o ser humano coloca ali diversas aberrações, tanto do imaginário quanto das situações reais. Na internet há o acesso à informação para a qual o aluno pequeno não está preparado, na área da sexualidade, pornografia e violência. Isso sempre existiu, mas a internet escancarou a facilidade de acesso. A solução não está principalmente em bloquear ou em não falar disso. Temos que aprender a lidar com as tecnologias. Orientar, acompanhar, porque uma criança pode envolver-se em situações complicadas. A criança, quando percebe que os pais e professores confiam nela e se preocupam, mostra quais sites costuma visitar, ou logo aponta alguma situação anormal. A internet é um meio rico de possibilidades e de problemas. E a escola é um espaço privilegiado de aprendizagem a saber fazer essas escolhas.
Como qualificar os professores? Por que ações neste sentidos caminham em passos tão lentos no Brasil?
O professor demora em torno de dois anos – numa pesquisa feita na França – para dominar as tecnologias e poder utilizá-las no seu planejamento e avaliação. Há um longo caminho de aprendizagem como usuário e depois como educador. O importante é começar com recursos simples – um blog, por exemplo – e ir tornando mais complexas as atividades, aos poucos, para que se sinta seguro de que faz sentido o que está se propondo. Não basta só ser moderninho. O importante é que o aluno aprenda cada vez mais.
Onde o professor, por vezes abandonado pelas políticas públicas, pode buscar informações sobre inclusão digital?
O Portal do Professor do MEC e alguns portais educacionais, como o Diaadiaeducação, da Secretaria de Educação do Paraná, são excelentes para conhecer o que é feito, realizar cursos básicos e encontrar materiais e atividades importantes em diversas áreas de conhecimento.

O professor já percebeu que não é mais a única fonte do saber para os estudantes? Esse tem sido um processo traumático para os educadores?
Uma boa escola depende fundamentalmente de contar com gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovada competência intelectual, emocional, comunicacional e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. São poucos os educadores e gestores pró-ativos, que gostam de aprender e conseguem colocar em prática o que aprendem. Temos muitos profissionais que preferem repetir modelos, obedecer, seguir padrões. Sem pessoas autônomas é muito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram com a internet e o celular. Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos ‘falantes’, mais orientadores. De menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, e experimentação. Desafios e projetos. Uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e também longe, conectados. Onde os mais experientes possam ajudar aqueles que têm mais dificuldades. O futuro será aprender em qualquer tempo e lugar, de forma personalizada e, ao mesmo tempo, colaborativa. Teremos flexibilidade curricular e facilidade de estarmos juntos, conectados audiovisualmente.

sábado, 27 de agosto de 2011

A Educação à Distância no Brasil e no Mundo


Caro Professor, Dr. João Mattar

Após “navegar” por blogs, visualizar comentários, interagir com colegas e fomentar intensas discussões, pude perceber que estamos todos “comprando essa idéia”, isto é, acreditamos no produto que vendemos e mais, desejamos torná-lo imprescindível  e necessário à sociedade.
Acredito que muitas dúvidas precisam ser sanadas e a meu ver as possibilidades de melhora no próprio método também, isto porque os recursos tecnológicos, suas possibilidades e inovações constantes, se tornam cada vez mais acessíveis a todos. Ter um computador em casa ou de “bolso” se tornou tão necessário quanto se ter em casa uma geladeira, um fogão a gás ou uma televisão. Quem vive sem esses eletrodomésticos hoje?
Toda mudança requer disposição e mente aberta. Acredito que a educação à distância ou para usar um termo que eu gosto mais, Educação Aberta, é uma alternativa válida de se levar o ensino a todos, independentemente de classe social, credo, cor, distância geográfica, disponibilidade de tempo, deficiências físicas, etc. É uma alternativa educacional democrática e inclusiva.  Contudo, essa modalidade de ensino requer uma capacitação diferenciada dos professores; denominados de tutores educacionais. Além, da devida formação acadêmica e conhecimento prático, esses tutores que exercem a função docente de mediadores da aprendizagem do aluno em EaD,  precisam estar, constantemente, atentos ao progresso educacional de seus alunos, uma vez que somente através da intensa e coesa interatividade entre alunos e professores, a estrutura dos programas educacionais e a natureza e grau de autonomia dos alunos aliados às novas TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação), que fornecem ferramentas e tecnologias essenciais utilizadas para comunicação, transmissão e gerenciamento de informações, como, por exemplo, a Internet, é que o aluno “on-line” vai ampliando e construindo o seu conhecimento. Um aluno “on-line” deve ser e é mais proativo que um aluno presencial, pois o sucesso da formação de seu conhecimento dependerá do seu empenho proativo e não reativo – mero depositório de informações recebidas de seus professores presenciais em salas de aulas formais.
Fica evidente que a estrutura dos programas educacionais do tipo EaD deve dar total respaldo e incentivar a interatividade individual, assim como os materiais didáticos devem ser altamente estruturados e adequados ao conteúdo, nível de ensino e características do aluno e principalmente, adequados ao seu grau de autonomia o que lhe garantirá uma aprendizagem de qualidade e consequentemente, teremos  um aluno seguro e confiante.
Segue os links dos blogs de acesso:

domingo, 21 de agosto de 2011

Educação para Deficientes

Proposta prevê ensino a distância para aluno deficiente

Arquivado em Educação a Distância 146 Comentários
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 508/11, do Senado, que assegura o acesso escolar ao aluno cuja deficiência o impede de frequentar estabelecimentos de ensino. A proposta prevê atendimento educacional em local especial, recursos pedagógicos de educação a distância e outros que se utilizem da internet.
O autor, ex-senador Augusto Botelho (RR), ressalta que a deficiência pode impedir que o estudante se desloque para as escolas especiais, o que cercearia seu acesso à educação.
Lei atual
O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/96). A lei estabelece que o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante diversas garantias, entre elas o atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.
A lei também obriga os sistemas de ensino a assegurar aos alunos com necessidades especiais, entre outros pontos:
- currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

http://www.educacaoadistancia.blog.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Recursos Educacionais Abertos (REA)

Gostaria de deixar mais esse informativo sobre recursos educacionais que encontrei no blog de Debora Sebriam http://deborasebriam.wordpress.com/2011/07/06/oficina-recursos-educacionais-abertos-rea/ indicado por Daniel Caixeta, onde a tecnologia impera! Os REA são quaisquer materiais educacionais que podem ser utilizados, alterados, remixados e compartilhados livremente por todas as pessoas. São livros, planos de aulas, softwares, jogos, resenhas, trabalhos escolares, vídeos, áudios, imagens e outros recursos compreendidos como bens educacionais essenciais ao usufruto do direito de acesso à educação e à cultura. Servem, portanto para facilitar o acesso a todas as pessoas ao conhecimento, para garantir a liberdade e a criatividade de produção, incentivar práticas de colaboração e compartilhamento e muito mais. Se você é educador pode utilizar, redistribuir, melhorar, revisar, atualizar, criar conteúdos adequados a realidade de sua escola e se tornar autor. Pode ainda ter seu material utilizado em qualquer parte do mundo. Se você é aluno autor, ganhar reconhecimento por seus trabalhos/materiais como membro da disseminação da cultura livre e da construção colaborativa do conhecimento. Você encontra REA em:

http://rived.mec.gov.br/
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/
 http://www.diaadiaeducação.pr.gov.br/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
http://www.cienciamao.if.usp.br/
http://www.ludoteca.if.usp.br/index.php
http://www.uff.br/cdme/

entre outros...entre para conhecer!!!!



terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Evolução da Cultura Digital na Educação - Instituto Claro

Olá, gostaria de postar um informativo super interessante e divertido ao mesmo tempo, e que apresenta a evolução da cultura digital ; o uso dos primeiros computadores como intrumento de ensino até a concretização desse sonho que é a EaD.

Acessem e divirtam-se!
http://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/infograficos_9/index.html

http://danielcaixeta.eti.br/blog